Não é raro encontrarmos fissuras, rachaduras e trincas nas construções. Em alguns casos, se apresentam sinalizando patologias que podem oferecer riscos à obra.
Antes de definir qual o tipo de tratamento, identifique qual é a causa da fissura.
Quais podem ser as causas?
1) retração da argamassa;
2) uso de areia inadequada ou até contaminada;
3) má aderência do revestimento à estrutura;
4) falta de juntas de dilatação ou de movimentação.
Como tratá-las?
É essencial a avaliação de um engenheiro habilitado quando as trincas e rachaduras são maiores que 0,5 mm, pois podem se tratar de manifestações de problemas estruturais graves.
Porém, quando a causa é por retrações e dilatações da argamassa do reboco, no caso de fissuras de revestimento e trincas superficiais, o tratamento é simples e exige poucos materiais.
Qual é o material necessário para o tratamento?
1) o principal é a fita de poliéster TNT (tecido não-tecido) que atua como um curativo flexível, ou seja, preenche a falha sem enrijecer a superfície, evitando que surjam novas fissuras nas proximidades;
2) massa acrílica;
3) lixa;
4) espátula;
5) tesoura;
6) Celulóide aplicador de massa;
7) pincel ou rolo;
8) tinta acrílica.
Confira o passo a passo:
Antes de iniciar o trabalho, passe um pano úmido sobre toda área a ser trabalhada. Espere a parede secar por cerca de três horas e, só então, dê continuidade ao tratamento. Para uso em ambiente externo, é necessário que o tempo esteja firme, pois a presença de chuvas certamente irá atrapalhar a secagem dos produtos.
1) As superfícies devem ser limpas, secas e isentas de poeira e fuligens.
2) É preciso cobrir toda a extensão da trinca com a fita adesiva própria para esse fim. Por isso, com o próprio rolo da fita adesiva, meça o comprimento da trinca e a quantidade de fita que você irá precisar.
3) Em seguida, corte a fita com uma tesoura. Caso a trinca a ser reparada tenha formato irregular e siga por sentidos diversos, corte vários pedaços da fita, o suficiente para cobrir todos os trechos. Não se esqueça de que nenhum pedaço da trinca poderá ficar descoberto. Se for necessário, você pode sobrepor a fita em 1 cm até cobrir toda a fissura.
4) A etapa seguinte é colar a fita adesiva centralizando na parte trincada. Faça isso enquanto retira a película protetora. Atenção: esse procedimento deve ser feito com cuidado, pois a fita é bastante fina e se dobra com facilidade.
5) Depois de a fita ser fixada na parede, pegue um pedaço do papel que sobrou (no qual a fita estava colada) e esfregue cuidadosamente a face lisa sobre toda a superfície. O objetivo é retirar o ar que eventualmente estiver entre a fita e a parede e fazer com que o produto se molde melhor às imperfeições do substrato.
6) Para selar o “curativo” na parede, passe uma demão de tinta acrílica com pincel ou rolo sobre toda a área tratada. Com isso, você irá proporcionar uma ancoragem perfeita à fita.
7) Deixe a tinta ultrapassar pelo menos 2 cm de cada lado. Espere o tempo recomendado pelo fabricante da tinta para secagem.
8) Quando a tinta estiver seca, cubra o trecho tratado com massa acrílica aplicada com celulóide. Isso serve para regularizar a superfície e disfarçar a presença da fita adesiva.
9) Espere a massa acrílica secar seguindo as instruções do seu fabricante. O tempo necessário varia de acordo com o clima. Por isso, lembre-se que em dias mais úmidos, a massa seca mais lentamente.
10) Após secagem da massa, lixe o local tratado de forma a regularizá-lo e prepará-lo para a finalização do serviço.
11) Limpe a superfície trabalhada com um pano seco para retirar poeiras e outros resíduos.
12) Na sequência, aplique sobre a parede a primeira demão de tinta acrílica. Espere secar e aplique a segunda demão.
13) Dependendo da cor da tinta, pode ser necessária a aplicação de uma terceira demão para garantir o acabamento perfeito. Poderá ainda ser necessária a repintura geral da parede.
Fonte: pini.